Estranhei quando cheguei em casa e não ouvi a algazarra de sempre. Meus filhos, Lívia (4 anos) e Kalel (3 anos), não fizeram a costumeira correria para abraçarem o papai que estava chegando. Assim que cheguei aos fundos de casa, pude conhecer meu concorrente.
- Vem ver, papai, vem ver – disse a entusiasmada Lívia ao lado do Kalel, ambos debruçados sobre a mesa olhando para dentro de uma caixa de sapatos. – É a Juju, ela não é linda?
Estiquei os olhos e não vi nada lindo. Dentro da caixa havia um filhote de rolinha, começando a penugem; uma pequena criatura feia que as crianças já tinham dado até um nome: Juju.
- Que lindo filha! – eu disse olhando interrogativamente para Elisa, minha esposa. Ela deu de ombros.
Nesta época do ano, é comum vermos nas árvores da minha pequena cidade alguns ninhos de um pássaro que, aqui, chamamos de rolinha. A Juju era um pequeno filhote que caiu de um desses ninhos, na frente da minha casa, e as crianças acabaram por encontrá-la antes que algum animal o fizesse.
- Podemos ficar com ela? – quis saber a Lívia.
- Sim - Era impossível dar outra resposta. – Mas nós vamos tentar devolvê-la para a mamãe dela.
Coloquei o dedo no pequeno papo do pássaro. Estava bem cheio. Deu para notar que ele recebia todos os cuidados em seu ninho, mas caiu em nossas mãos e a Elisa me perguntou o que faríamos.
- Vou tentar achar o ninho, sei lá – respondi. – E se não achar, posso tentar dar comida para ela.
No dia seguinte, identifiquei o ninho. Era muito alto e impossível eu chegar até ele. Num galho, pude ver a rolinha guardando o ninho vazio. Provavelmente era a mãe da Juju.
Peguei a caixa, levei na frente de casa e pendurei no cimo do portão. Minha esperança era que a mãe visse o pequeno pássaro e tomasse qualquer atitude. Ledo engano.
No fim da tarde, a Juju ainda estava na caixa. Observei que a rolinha mãe chegava a chamar lá de cima da árvore, mas a Juju não respondia. Assim, a mãe não pôde encontrar a filha que havia caído.
Levei o pequeno pássaro para dentro de casa e, com as crianças me rodeando, preparei uma mistura de fubá com água e coloquei em uma seringa. Tentei alimentar a Juju, mas foi impossível. Ela não abria o bico, se virava e até tentou me dar umas bicadas.
A Lívia e o Kalel acharam que foi um sucesso, mas, na verdade, não consegui nutrir o animal. Nos dias seguintes, tentei alimentar a Juju ou conseguir colocá-la em algum lugar onde a mãe pudesse vê-la.
Todas minhas tentativas foram em vão. Juju morreu. Falei para as crianças que ela tinha aprendido a voar e ido ao encontro da mamãe e do papai rolinha. Elas ficaram contentes com o desfecho feliz da história, pois desconheciam a verdade, afinal, sou um pai que, como muitos, prefere proteger os pequenos filhos de algumas situações.
O paralelo espiritual da história da rolinha Juju é um tanto óbvio, mas não posso deixar de fazê-lo: somos criaturas caídas e, muitas vezes, não aceitamos a ajuda vinda do nosso Deus. Caímos, nos estatelamos no chão, e recusamos a reconhecer que um milagre de Deus evitou que fôssemos destruídos no momento da queda.
Muitas e muitas vezes somos salvos das conseqüências fatais de nossos erros e, mesmo assim, preferimos agir como a Juju: esquecermos que estávamos nas mãos de Deus, não darmos ouvidos aos chamados dEle, não aceitarmos Sua proteção de amor e recusarmos o alimento espiritual, o renovo, que Ele nos oferece.
Não tomamos uma conduta apenas impassiva diante do Criador, mas, em alguns momentos, até mesmo nos revoltamos contra Ele. Tentamos bicar a mão que nos socorre.
Juju era uma criatura irracional; um ser que não sabia que a salvação estava ao seu alcance, que bastava abrir o bico para aceitar o alimento que era oferecido.
Ao contrário dela, não temos nada de irracional. Por que então agir como um animal que não pensa? Por que tirarmos os olhos do nosso Criador e caminharmos para a morte certa?
Por orgulho? Não deixe as agruras da vida tomar lugar em seu coração. Permita o amor de Deus preencher cada espaço da sua vida. Não deixe sentimentos que não são frutos do Espírito Santo impedirem que a salvação dê lugar à morte.
O número de vezes que Deus nos chama é incontavelmente superior às nossas quedas. Existe um Criador fiel, amoroso e que não Se impõe limites ou esforços para salvar Seus filhos.
Ele nos chama agora. Se estivermos caídos, olhemos para o alto e clamemos: “Senhor, salva-me.” Afinal, não somos criaturas irracionais e temos plena consciência do chamado do nosso Deus e podemos nos aninhar em seu colo a fim de receber consolo e renovo.
- Vem ver, papai, vem ver – disse a entusiasmada Lívia ao lado do Kalel, ambos debruçados sobre a mesa olhando para dentro de uma caixa de sapatos. – É a Juju, ela não é linda?
Estiquei os olhos e não vi nada lindo. Dentro da caixa havia um filhote de rolinha, começando a penugem; uma pequena criatura feia que as crianças já tinham dado até um nome: Juju.
- Que lindo filha! – eu disse olhando interrogativamente para Elisa, minha esposa. Ela deu de ombros.
Nesta época do ano, é comum vermos nas árvores da minha pequena cidade alguns ninhos de um pássaro que, aqui, chamamos de rolinha. A Juju era um pequeno filhote que caiu de um desses ninhos, na frente da minha casa, e as crianças acabaram por encontrá-la antes que algum animal o fizesse.
- Podemos ficar com ela? – quis saber a Lívia.
- Sim - Era impossível dar outra resposta. – Mas nós vamos tentar devolvê-la para a mamãe dela.
Coloquei o dedo no pequeno papo do pássaro. Estava bem cheio. Deu para notar que ele recebia todos os cuidados em seu ninho, mas caiu em nossas mãos e a Elisa me perguntou o que faríamos.
- Vou tentar achar o ninho, sei lá – respondi. – E se não achar, posso tentar dar comida para ela.
No dia seguinte, identifiquei o ninho. Era muito alto e impossível eu chegar até ele. Num galho, pude ver a rolinha guardando o ninho vazio. Provavelmente era a mãe da Juju.
Peguei a caixa, levei na frente de casa e pendurei no cimo do portão. Minha esperança era que a mãe visse o pequeno pássaro e tomasse qualquer atitude. Ledo engano.
No fim da tarde, a Juju ainda estava na caixa. Observei que a rolinha mãe chegava a chamar lá de cima da árvore, mas a Juju não respondia. Assim, a mãe não pôde encontrar a filha que havia caído.
Levei o pequeno pássaro para dentro de casa e, com as crianças me rodeando, preparei uma mistura de fubá com água e coloquei em uma seringa. Tentei alimentar a Juju, mas foi impossível. Ela não abria o bico, se virava e até tentou me dar umas bicadas.
A Lívia e o Kalel acharam que foi um sucesso, mas, na verdade, não consegui nutrir o animal. Nos dias seguintes, tentei alimentar a Juju ou conseguir colocá-la em algum lugar onde a mãe pudesse vê-la.
Todas minhas tentativas foram em vão. Juju morreu. Falei para as crianças que ela tinha aprendido a voar e ido ao encontro da mamãe e do papai rolinha. Elas ficaram contentes com o desfecho feliz da história, pois desconheciam a verdade, afinal, sou um pai que, como muitos, prefere proteger os pequenos filhos de algumas situações.
O paralelo espiritual da história da rolinha Juju é um tanto óbvio, mas não posso deixar de fazê-lo: somos criaturas caídas e, muitas vezes, não aceitamos a ajuda vinda do nosso Deus. Caímos, nos estatelamos no chão, e recusamos a reconhecer que um milagre de Deus evitou que fôssemos destruídos no momento da queda.
Muitas e muitas vezes somos salvos das conseqüências fatais de nossos erros e, mesmo assim, preferimos agir como a Juju: esquecermos que estávamos nas mãos de Deus, não darmos ouvidos aos chamados dEle, não aceitarmos Sua proteção de amor e recusarmos o alimento espiritual, o renovo, que Ele nos oferece.
Não tomamos uma conduta apenas impassiva diante do Criador, mas, em alguns momentos, até mesmo nos revoltamos contra Ele. Tentamos bicar a mão que nos socorre.
Juju era uma criatura irracional; um ser que não sabia que a salvação estava ao seu alcance, que bastava abrir o bico para aceitar o alimento que era oferecido.
Ao contrário dela, não temos nada de irracional. Por que então agir como um animal que não pensa? Por que tirarmos os olhos do nosso Criador e caminharmos para a morte certa?
Por orgulho? Não deixe as agruras da vida tomar lugar em seu coração. Permita o amor de Deus preencher cada espaço da sua vida. Não deixe sentimentos que não são frutos do Espírito Santo impedirem que a salvação dê lugar à morte.
O número de vezes que Deus nos chama é incontavelmente superior às nossas quedas. Existe um Criador fiel, amoroso e que não Se impõe limites ou esforços para salvar Seus filhos.
Ele nos chama agora. Se estivermos caídos, olhemos para o alto e clamemos: “Senhor, salva-me.” Afinal, não somos criaturas irracionais e temos plena consciência do chamado do nosso Deus e podemos nos aninhar em seu colo a fim de receber consolo e renovo.
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