- O que você está ouvindo? - perguntou Rogério ao colega de trabalho ao lado. Ambos estavam sentados no coletivo, voltando para seus bairros ao término do dia.
- Gospel - respondeu Zaqueu sacolejando a cabeça ao ritmo do som. Tirou um dos fones do ouvido e o ofereceu ao amigo.
Rogério colocou o fone e fez uma careta.
- O que é isso, Záque?
- Louvor, ué! - respondeu o colega, ainda balançando a cabeça no ritmo violento do som de bateria e guitarra ecoando aos ouvidos.
- Louvor para quem?
Zaqueu pensou para responder, mas finalmente disse, com certa dúvida:
- Para Deus!?
- Pode me chamar de careta, mas não consigo imaginar Deus sentado em Seu trono, chacoalhando a cabeleira branca, enquanto os anjos tocam rock'n'roll ou outras melodias pop.
- Ah, Rogério, eu gosto desse ritmo. Creio que Deus não Se importa com isso, ainda mais quando a letra é sacra.
- Está bem, mas não chame isso de louvor. Não para Deus. Pode ser um louvor para você. Você está cultuando seu gosto pessoal e não O adorando.
- Deixa de ser chato - disse Zaqueu e cutucou uma espinha no queixo.
- Ótimo argumento o seu. Sou chato por não acreditar que esse tipo de música agrade a Deus. Meu amigo, se você gosta, tudo bem, mas não minta para si mesmo, alegando que Deus aceita tudo o que você aprecia. Eu gosto de muitas coisas também; coisas que não agradariam a Deus. Abandonei muitas práticas para tentar ser igual a Jesus e me aproximar dEle. Seria muito fácil se Jesus Se transformasse à minha imagem e ficasse igual a mim. Perdoe-me pelo sermão, mas acho que o cristianismo pede justamente o contrário: que nós nos transformemos à imagem e semelhança de Deus, como fomos criados no Éden.
- Faz sentido - concordou o jovem, retirando o fone do ouvido e prestando atenção.
- Olha, vivemos numa guerra em que o que está em jogo é, justamente, quem vamos adorar. Vamos cultuar este mundo, nossos gostos pessoais ou ao Criador? Ao louvarmos, a pergunta não é "Isto me agrada?", mas "Isto agrada a Deus?" O louvor não é para mim, para minha carne, é para Deus.
Os pneus do ônibus chiaram com a frenagem. Os jovens desceram naquele ponto e continuaram caminhando à luz dos postes. Despediram-se numa das esquinas e Zaqueu chegou em casa. Jogou a mochila no canto da sala e atirou-se no sofá, pensando nas palavras de Rogério.
Buscou na mente uma data que indicasse a última vez que havia sentido o louvor fluindo de si para o alto. De fato, ouvia músicas evangélicas o tempo inteiro, mas a grande maioria parecia ir ao encontro apenas de suas necessidades e gostos humanos. Há muito não louvava a Deus de verdade.
Buscou na estante um CD de hinos, que sua mãe tinha comprado havia algum tempo. Colocou-o no aparelho e escolheu a música. O som inundou o pequeno ambiente e eriçou os pelos dos braços e da nuca de Zaqueu. O jovem acompanhou toda a música, cantando com uma voz melodiosa. Sentiu um calor no peito e reconheceu o que estava fazendo: adorando e louvando ao Criador.
- Gospel - respondeu Zaqueu sacolejando a cabeça ao ritmo do som. Tirou um dos fones do ouvido e o ofereceu ao amigo.
Rogério colocou o fone e fez uma careta.
- O que é isso, Záque?
- Louvor, ué! - respondeu o colega, ainda balançando a cabeça no ritmo violento do som de bateria e guitarra ecoando aos ouvidos.
- Louvor para quem?
Zaqueu pensou para responder, mas finalmente disse, com certa dúvida:
- Para Deus!?
- Pode me chamar de careta, mas não consigo imaginar Deus sentado em Seu trono, chacoalhando a cabeleira branca, enquanto os anjos tocam rock'n'roll ou outras melodias pop.
- Ah, Rogério, eu gosto desse ritmo. Creio que Deus não Se importa com isso, ainda mais quando a letra é sacra.
- Está bem, mas não chame isso de louvor. Não para Deus. Pode ser um louvor para você. Você está cultuando seu gosto pessoal e não O adorando.
- Deixa de ser chato - disse Zaqueu e cutucou uma espinha no queixo.
- Ótimo argumento o seu. Sou chato por não acreditar que esse tipo de música agrade a Deus. Meu amigo, se você gosta, tudo bem, mas não minta para si mesmo, alegando que Deus aceita tudo o que você aprecia. Eu gosto de muitas coisas também; coisas que não agradariam a Deus. Abandonei muitas práticas para tentar ser igual a Jesus e me aproximar dEle. Seria muito fácil se Jesus Se transformasse à minha imagem e ficasse igual a mim. Perdoe-me pelo sermão, mas acho que o cristianismo pede justamente o contrário: que nós nos transformemos à imagem e semelhança de Deus, como fomos criados no Éden.
- Faz sentido - concordou o jovem, retirando o fone do ouvido e prestando atenção.
- Olha, vivemos numa guerra em que o que está em jogo é, justamente, quem vamos adorar. Vamos cultuar este mundo, nossos gostos pessoais ou ao Criador? Ao louvarmos, a pergunta não é "Isto me agrada?", mas "Isto agrada a Deus?" O louvor não é para mim, para minha carne, é para Deus.
Os pneus do ônibus chiaram com a frenagem. Os jovens desceram naquele ponto e continuaram caminhando à luz dos postes. Despediram-se numa das esquinas e Zaqueu chegou em casa. Jogou a mochila no canto da sala e atirou-se no sofá, pensando nas palavras de Rogério.
Buscou na mente uma data que indicasse a última vez que havia sentido o louvor fluindo de si para o alto. De fato, ouvia músicas evangélicas o tempo inteiro, mas a grande maioria parecia ir ao encontro apenas de suas necessidades e gostos humanos. Há muito não louvava a Deus de verdade.
Buscou na estante um CD de hinos, que sua mãe tinha comprado havia algum tempo. Colocou-o no aparelho e escolheu a música. O som inundou o pequeno ambiente e eriçou os pelos dos braços e da nuca de Zaqueu. O jovem acompanhou toda a música, cantando com uma voz melodiosa. Sentiu um calor no peito e reconheceu o que estava fazendo: adorando e louvando ao Criador.
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